sábado, 13 de junho de 2009

Melâncolia

Navegando na internet, deparei-me com uma comunidade sobre o escritor Caio Fernando Abreu. Sinto que serei apedrejado por muitos com o que irei dizer, mas a verdade é que ele não me desce. Não é só ele. Byron e sua trupe também fazem parte de meus desafetos. O problema com Caio F. e os a maioria dos poetas é a melancolia. Na verdade, me desanima a forma como a maioria dos poetas usam a poesia. Em suas mãos eles possuem a capacidade de usar uma ferramenta artística capaz de passar não apenas informação, mas sentimento. Será que é necessário passar a tristeza adiante?

Sim, sim, este é o mal do século. Vivemos em uma época onde a melancolia é onipresente. Porém, no papel existe a fuga para esta realidade. Em um espaço onde é possivel criar universos me parece piegas reproduzir algo tão lugar-comum. Talvez esse seja o verdeiro mal do século: não o sentimento, mas os poetas. Talvez o desânimo universal seja culpa de Byron. Isto parece uma revolta contra estes figurões que eu não gosto, porém, hoje nao vejo nenhuma forma de expressão popular falando sobre sobre alegria e virtudes.

Na idade média surgiu os poetas que eu admiro: os bardos e menestréis. Viajando pelo mundo, eles levavam onde fosse contos, poesias e músicas falando sobre heróis e virtudes. Por mais exageradas que pudessem ser, tais palavras inspiravam jovens guerreiros a lutar com bravura e jovens senhoritas a esperar por seu príncipe. Atualmente, as personagens que imperam são Macabeas que nada acrescentam além de mediocridade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário