quarta-feira, 22 de julho de 2009

Escolhas.


Você já percebeu? Geralmente, as escolhas mais importantes de nossa vida - aquelas que podem influenciar o nosso futuro para sempre - surgem em momentos em que a idéia de pensar e escolher com cautela e inteligencia não é uma opção...

São escolhas que lhe oferecem nada além de segundos para você escolher. E não há nada mais para fazer do que se decidir, cair de cabeça e rezar para que tenha feito a escolha certa.........

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Meia-Noite e Quarenta e Cinco

O casal entrou aos beijos no apartamento.
Mais beijos.
Meia garrafa de vinho.
Juras de amor.
Sexo.

Enquanto a garota dorme, o rapaz senta na cama e acende um cigarro. Enquanto fuma, observa o movimento da avenida atravéz da janela embaçada.

Está pensando em outra.

Isso o faz se sentir um crápula. Porém, nunca seria capaz de partir o coração da mocinha assim como a outra mulher partira o dele...

Não acredito em paladinos


Atualmente, tem se visto em diversos canais midiáticos as notícias envolvendo o caso do banqueiro Daniel Dantas, preso durante as investigações da polícia durante a operação Satiagraha devido ao seu envolvimento junto ao caso do Mensalão, cujo qual todos nos já conhecemos, com excessão de nosso ilustre presidente, que nunca sabe de nada (ainda dissertarei sobre isso. mas não agora). De qualquer forma, todo o caso do banqueiro está aí para todos verem e, quem tiver interesse, sinta-se a vontade para vasculhar mais sobre ele na internet. De qualquer maneira, o que me motiva a escrever não é o banqueiro, e sim o seu advogado. Descobri recentemente que este era um procurador de justiça.
Era. Por alguns milhões de reais, pessoas deixam de ser várias coisas

Bem, considero isso deveras curioso. Se um alienígena pousasse no Brasil e presenciasse isto, certamente acharia extremamente interessante a volubilidade dos seres humanos. Porém, para cada um de nós, tenho certeza que isso demonstra total falta de escrúpulos. E infelizmente, ele não é o único que se diz 'defensor da justiça' a agir assim. São atos assim que tornam nossa nação tão descrente. O que fazer quando aqueles que diziam defensores da lei, posam como mocinhos e prometem proteger os cidadão das injustiças se mostram tão corruptíveis?

Não, pose e falsas promessas não criam heróis. Enquanto não aparecerem indivíduos sérios, capazes de manter inabalável seu senso de dever e mostrarem que em nosso país existe gente honesta que procura o bem comum pouco poderá mudar. E, do jeito em que as coisas andam, temo que a tendência seja para pior.

Lutas

No final, acredito que o maior desafio com o qual alguém se depara é quando decide enfrentar a si mesmo.

sábado, 13 de junho de 2009

Melâncolia

Navegando na internet, deparei-me com uma comunidade sobre o escritor Caio Fernando Abreu. Sinto que serei apedrejado por muitos com o que irei dizer, mas a verdade é que ele não me desce. Não é só ele. Byron e sua trupe também fazem parte de meus desafetos. O problema com Caio F. e os a maioria dos poetas é a melancolia. Na verdade, me desanima a forma como a maioria dos poetas usam a poesia. Em suas mãos eles possuem a capacidade de usar uma ferramenta artística capaz de passar não apenas informação, mas sentimento. Será que é necessário passar a tristeza adiante?

Sim, sim, este é o mal do século. Vivemos em uma época onde a melancolia é onipresente. Porém, no papel existe a fuga para esta realidade. Em um espaço onde é possivel criar universos me parece piegas reproduzir algo tão lugar-comum. Talvez esse seja o verdeiro mal do século: não o sentimento, mas os poetas. Talvez o desânimo universal seja culpa de Byron. Isto parece uma revolta contra estes figurões que eu não gosto, porém, hoje nao vejo nenhuma forma de expressão popular falando sobre sobre alegria e virtudes.

Na idade média surgiu os poetas que eu admiro: os bardos e menestréis. Viajando pelo mundo, eles levavam onde fosse contos, poesias e músicas falando sobre heróis e virtudes. Por mais exageradas que pudessem ser, tais palavras inspiravam jovens guerreiros a lutar com bravura e jovens senhoritas a esperar por seu príncipe. Atualmente, as personagens que imperam são Macabeas que nada acrescentam além de mediocridade.

Obscenidades

Hoje, ao entrar em meu próprio profile do orkut constatei uma coisa: no lugar onde deveria estar o link para o blog constava [content suppressed]. Diabos! Meu blog foi censurado! Após alguns minutos de "fuuuuuu", voltei à razão e procurei pensar o por quê do ocorrido. A primeira coisa que me veio à cabeça foi que esta seria a vingança do Juremir. Claro, não há outra explicação. Após chamá-lo de palhaço, é normal que ele busque alguma forma de me prejudicar. No fim, bloquear o acesso às minhas idéias seria uma forma muito astuta de se vingar e, de quebra, ninguém mais ler o que eu falei dele. Pensando nisso, eu até fiquei aliviado. Talvez se eu tivesse chamado Diogo Mainardi de banana viria a segurança federal atrás de mim e eu teria todo e qualquer acesso à rede mundial de computadores bloqueada para sempre.

Porém, depois me ocorreu outra coisa. Este espaço é meu e eu escrevo o que quiser. Se o orkut bloqueou o acesso ao meu blog, é porque ele inflinge as regras de conduta da rede social com conteúdo impróprio. Era isso mesmo. Um espaço de reflexões e pensamentos, deveras inflinge qualquer dos bons costumes de nossa sociedade moderna e massificada. Se parar para pensar, é um absurdo contra o resto de nossa nação e contra qualquer indivíduo dela não só seguir o imaginário massificado como ter suas próprias ideias. Em um país onde a televisão impera como a grande mãe, exercitar a mente parece o pior pecado contra a pátria.

Porém, o que fazer? A pior parte da inteligência pessoal é que você nunca pode apagar o que está inserido na memória. É um caminho sem volta. Escapei das garras de uma ferramenta ideológica federal para cair nas garras de minha própria mente. Sem querer, estou fadado à marginalidade causado pelo intelecto. Porém, fico satisfeito de fazer parte de um movimento praticamente ilegal, mas que ao menos é capaz de livrar pessoas da mediocridade.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Tragédia em um ato

Velho: Jovem mancebo que apressado cruza as molhadas e escuras ruas desta cidade, terias tu uma moeda de cobre e um minuto de teu tempo para dedicar a este velho? Peço-te a moeda para que eu possa beber a fim de esquecer o futuro que este bruxo previu. O minuto serve para que eu possa recompensar-te por tua benevolência.

Jovem: Quem és tu, errante maltrapilho? Clamas ser um bruxo e que possuis em tua alma o conhecimento do futuro, mas para mim, teus olhos não mostram sabedoria mas insanidade. Porém, possui sorte. Junto a ti está uma criatura temente a Deus e que segue as escrituras. Está escrito que devemos ajudar almas menos afortunadas e por isso que lhe entrego esta moeda. Em respeito à tua velhice, terás minha atenção por um minuto.

Velho: Ah, o velho cobre azinhavrado dos mendigos. A moeda é velha, mas não importa. O hábil alquimista seria capaz de transformar até mesmo esta peça velha e suja no mais puro ouro. Mas a mim, isto também não importa. O que me interessa é o alcool, capaz de aliviar meu sofrimento. E o que te entrego de recompensa? Contarei a ti uma verdade. A paixão é uma tragédia. Se não acreditas em mim, olhai para o passado. Romeu e Julieta se sacrificaram pelo sentimento de um pelo outro. A culpa não foi de nenhum Cappuleto e Montecchios, mas do casal e de seu ingênuo e tolo amor. Da mesma maneira, Édipo seguiu seus sentimentos e cometeu o pior pecado. Amou sua mãe e pagou caro por isso. Para sempre sua vergonha foi lembrada.

Assim, aconselho-te, jovem. Aproveite tua idade, livra-te das rosas que carregas e foge. Vai para longe de amor e te torna um verme, crápula ou cigano. Enquanto fores capaz, corte o coração de belas jovens e endurece o teu. Quando tiver dentro de ti a mais dura rocha, retorna para casa e para tua amada. Teu romance não terás nem de longe a intensidade que possui hoje, mas te livrarás da sina dos heróis e viverás tranquilo por muitos anos.

O jovem olha com desdém para o velho bruxo e segue seu caminho furioso com as palavras. As cortinas se fecham. Entra o bardo.

Bardo: Eis que assim foram as palavras de um bruxo maltrapilho e velho para um jovem apaixonado. Infelizmente, o que se segue é que os jovens acreditam que são os donos da verdade e o nosso herói não escuta o sábio bruxo. Então, segue à casa de sua amada e a encontra nos braços de outro. As cenas que sucedem são de derramamento de sangue e ódio. Deveras, o herói ainda viverá por muitos anos, porém, carregará para sempre a amargura daquele momento e as palavras do velho bruxo naquele breve encontro.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

A Carpa


Já ouviu falar da lenda da carpa? Na china, o chamado Rio Amarelo atravessa todo o estado; Para atingir a fonte, a carpa precisa subir todo o rio, passar por várias cachoeiras e atravessar a cachoeira conhecida como Portal Do Dragão. A lenda conta que, se a carpa vencer o rio e chegar até o portão, ela se transformará em um dragão. Por esta razão, a carpa significa força. E por isso, eu a considero fascinante. A maioria das pessoas vê e vive a vida com a máxima "não importa o quão forte você bate, mas quanta pancada você é capaz de suportar. Há verdade neste ditado, porém a história da carpa vai muito além...

Atravéz da maxima ocidental, a vida é vista como um oponente. Parece que cada um luta, todos os dias contra esse oponente invencível, que mais cedo ou mais tarde vai nos derrotar e fim de jogo. Já para a carpa, a vida é o rio e nada mais que isso. Ele possui curvas, cachoeiras, uma forte correnteza e desafios. Mas ele não é mau. Nem sequer é assim porque não gosta das pessoas, o rio é assim porque é simplesmente essa a sua natureza.
"O que importa é quanto você é capaz de suportar". E o que é isso? Devemos simplesmente nos resignar? Permanecer como tolos, passivos, de cabeça erguida enquanto a vida nos castiga e esperar por piedade, quando ela finalmente nos oferecerá algum analgésico com efeito de curta duração? A carpa não é passiva. Ela luta contra a corrente desde o início. Não importa se é necessário subir cachoeiras, desviar de pedras ou lutar contra a corrente. A carpa sabe onde ela precisa chegar e simplesmente segue em frente.

Não importa que atitude você toma em sua vida. Seja a carpa ou o saco de pancadas, a vida possui altos e baixos. Haverá momentos bons e ruins sempre. Mas lembre-se: carpa não espera. Ela segue sempre em frente, luta, chegará lá e retornará como um dragão. E quem ficar esperando que a vida traga coisas boas, lembre-se que talvez sobrem apenas os restos

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Meia Pessoa


Atualmente, vários especialistas clamam que profissões ligadas à tecnologias da informação, biogenética, robótica/nanorobótica e afins são as 'profissões do futuro'. Para que elas tenham tal denominação, obviamente é devido ao fato de que no futuro estas serão essenciais para a sociedade moderna e as tecnologias presentes nela. Eles estão errados. Tais ocupações são, na verdade, profissões necessária porque há demanda para elas, devido à intensa evolução tecnologia atual. Absolutamente, são muitíssimo importantes para a sociedade, porém, se observarmos mais profundamente a sociedade como pessoas, desviando o olhar da tecnologia, perceberemos que a mais essencial de todas as profissões, certamente será a psicologia.

É uma profissão antiga e tradicional, é verdade. Mas, da mesma maneira, que a sociedade evolui cada vez mais tecnologicamente, parece aumentar as patologias e casos psicológicos. A sociedade moderna não cria apenas uma grande quantidade de produtos e aparatos que, em tese, deveriam facilitar o nosos dia a dia. Ela cria também enormes gatilhos para que problemas mentais ocasionem em todo o tipo de pessoas, entre eles: insegurança, stress, bullying, falta de lazer, descaso com o próximo e entre muitas outros. E o que resta de tudo isso? Multidões de homens só, cada um com seus problemas, vivendo em melancolia em um mundo onde existem máquinas que seriam capazes de trazer conforto à vida, mas devido ao estado mental do indivíduo, nada disso é, de fato, aproveitado.

É uma tendência já consolidada o fato de que cada vez mais pessoas estejam retornando para uma vida mais simples, fugindo do sanatório que se tornou as grandes metrópoles. Pouco a pouco, as pessoas percebem que a modernidade não é só a solução dos problemas, mas também a causa deles. Porém, esta fuga é para poucos. Noventa por cento da população está presa à sociedade pelas mais variadas causas. Para estas, não há muitas escolhas além de conviver com o frenético avanço social e tecnológico. Estas apenas seguirão em frente, na ilusão de que as coisas são assim como são. Em algum momento de sua vida, perceberão que falta algo ou que os percalços da existência a tornaram fria, apática e quebrada. Então irão atrás de um apoio psicológico, a fim de procurar juntar as peças perdidas enquanto o mundo segue adiante, cada vez mais cinza.

sábado, 25 de abril de 2009

Do Catolicismo e Do Islamismo

O post anterior não tem, de forma alguma, como objetivo criticar de maneira negativa sobre os dogmas e motivações das religiões alí citadas como instituições. Os eventos alí citados se tratam de fatos historicos que servem de exemplo de como o ser humano é capaz de situações extremas motivados por sentimentos das mais variadas espécies - no caso do texto anterior, o medo e a insegurança a respeito da morte e o que vem após a vida.

O autor deste blog respeita toda e qualquer religião ou corrente espiritual.

Em nome de Deus

Entre os vários motivos que levam os homens a se enfrentarem, certamente o mais controverso de todos eles é o seu amor a Deus. Durante o período da idade média, onde o rei e a igreja católica formavam os pilares da sociedade, foram cometidos genocídios absurdos se pararmos para pensar que estes foram em nome de um deus que prega amor e bondade. Campanhas como a inquisição e as cruzadas levaram pessoas de diferentes credos a dor e sofrimento em níveis absurdos. Até parece mentira que no livro base desta religião tenha como a caridade e o apoio às 'ovelhas perdidas' para que estas reencontrem o bom caminho, pois o que mais importa aos seus seguidores é mandar infiéis direto ao inferno a fim de que o lugar no céu do valente cruzado seja assegurado.

Junto ao catolicismo, uma das maiores religiões existente é o Islamismo. Diferente da religião católica, esta não perdeu tanta força nos dias atuais. Enquanto o mundo ocidental vive muito mais sob preceitos de existencialismo do que religiões e outras correntes espirituais, o mundo árabe continua firme em suas raízes islamicas. E entre seus fundamentos e dogmas, se encontra um assunto quase sempre presente na mídia atual: a jyhad. Volta e meia se ouve falar de atentados, carros bombas e outros derramamentos de sangue causados por grupos islamicos radicais e, principalmente, terroristas. E aí, chega ao ponto que eu desejava: o terror.

A razão que os grupos terroristas tem esta denominação - terroristas - é obvia: eles instigam terror na sociedade. Será que é apenas a sociedade que se encontra assustada? Este medo é instigado pela possibilidade de morte que estes eventos e guerras ocasionam. Porém, percebe-se claramente que os antagonistas também sofrem deste mal. Nos dois exemplos citados, a principal motivação dos combatentes era assegurar o que virá quando partirem para o além vida. Da mesma maneira, percebe-se também que o medo é tão grande que eles são capazes até mesmo de cometer atrocidades contra o próximo, não importa quem seja, a fim de diminuírem este medo. É... por mais valente que pareça o guerreiro, suas motivações mostram que este é apenas mais uma criança assustada e cheia de dúvidas e temores, como qualquer outra pessoa.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Máquinas de Guerra

Outro dia passava na TV o último filme da série Rambo. Tal filme é, na verdade, um revival de um assunto que teve o seu auge nas telas na década de 80, porém, nunca deixou de ser constante: a guerra. Se analisarmos o tema na história, voltaríamos até mesmo ao período greco-romano a fim de encontrar relatos, histórias e crônicas militares. Estas se fazem presentes até hoje, como é o caso da Guerra de Tróia e a Guerra de Termópilas. As referencias ao tema estão em todos os lugares: livros, HQs, filmes, seriados... Onde há espaço para que uma história seja contada, certamente haverá algum lugar com homens matando uns aos outros em um banho de sangue. É inegável o prazer que os homens possuem em observar conflitos.

Mais que isso, a sociedade atual permanece afundada em conflitos e guerras. São muito mais sutis, pois direitos humanos e atualidades afins fazem com que derramamentos de sangue e outros crimes sejam não apenas punidos, mas também escandalizados em canais midiáticos. Porém, eles existem. Guerras corporativas, políticas e mercadológicas afloram por todos os lugares. Dos mais baixos escalões até os mais altos níveis executivos pessoas competem com o próximo e, se puderem, canibalizam-no a fim de demonstrarem maior capacidade e subirem em seu posto. A situação é deveras dramática. Porém, da mesma maneira, se estas pessoas não tivessem um mínimo prazer no que fazem, com certeza seria possível chegar a uma melhor solução. O homem moderno, no fundo, não é tão moderno quanto os aparatos tecnológicos e conhecimentos científicos mostram.

No fundo, tal situação, por mais terrível que possa parecer, não é de forma alguma surpreendente. Da mesma maneira que em todo o lugar há alguém contando uma história sobre guerras e conflitos, a história da humanidade foi escrita da mesma maneira. E se prestarmos atenção e percebermos que praticamente toda ela foi escrita por homens (me refiro aqui ao sexo masculino) isso faz todo o sentido. Em suas características evolutivas está tanto o pensamento analítico quanto a falta de empatia pelo próximo e a máxima “os fins justificam os meios”. Em toda barbárie é possível perceber que a principal motivação do indivíduo é se mostrar ou se fazer superior ante ao próximo. É uma pena que parece que ninguém percebeu que ao tentar atingir os seus objetivos desta maneira, a pessoa não se valoriza, mas sim se rebaixa ao primitivismo.

(escreverei mais sobre isso)

domingo, 12 de abril de 2009

Páscoa

Esperei um dia inteiro para escrever este post. Ele foi concebido ontem, mas merecia ser publicado hoje, pois tem tudo a ver com o feriado. É sobre a morte. Exatamente: a morte! A maioria das pessoas pensa que a páscoa é sobre a vida, porém, se fosse não seria sobre ressurreição, mas sim renascimento. Estas são coisas diferentes. Mas faz sentido o engano, pois os símbolos relacionados à data, de fato, remetem à vida. Mas é importante lembrar que estes símbolos foram criados por pessoas que podem se enganar. Pior ainda, foram criados por profissionais de marketing e isso esclarece muita coisa. A morte não é um assunto muito mercadológico. Mas não é por isso que deixa de ser fascinante.

No fundo todos têm medo da morte por não possuírem nenhum conhecimento sobre ela. A religião, por sua estrutura tem como pilar a explicação do que virá na além vida e bilhões de pessoas se agarram a estas instituições a fim de ter alguma segurança quando o momento mais assustador de suas vidas se aproximar. É interessante também perceber que isto também se relaciona com a páscoa. Antes de sua ressurreição, Jesus era apenas um profeta - os judeus, que não acreditam nessa parte o vêem assim até hoje. Porém, era necessário ele demonstrar seu poder sobre a morte para que as pessoas o reconhecessem como Deus. É engraçado. O que o consagrou não foram os feitos magníficos que ele fez em vida, mas sim o milagre que ele realizou em morte.

Devido a esta aura de fascínio envolvendo o tema, considero incrível tal ser representado pelo esqueleto vestindo trapos negros e brandindo uma foice. Uma figura medonha como essa é capaz de instigar medo nas pessoas, mas não é só isso que o assunto traz. Se a morte fosse como esta representação, as pessoas sentiriam pavor e fariam de tudo para esquecer o assunto. Mas não é isso que acontece: as pessoas possuem medo, mas mesmo assim, nas noites escuras ao redor da lareira, quando se toca no assunto as pessoas tendem a debater sobre ele, trocar idéias, buscar alguma pista sobre este mistério. A morte certamente é mais parecida com a representação de Gaiman, em Sandman: embora possua uma função terrível, não deixa de ser uma garota gentil. Talvez também seja função do ceifador deixar as pessoas confortáveis quando estas iniciarem esta misteriosa jornada.

sábado, 11 de abril de 2009

Pássaros

Certa vez li um provérbio que perguntava se "você desistiria de suas mãos para poder voar? Foi o que os pássaros fizeram.". Eu acrescentaria mais. Antes de serem pássaros, eles eram dinossauros. Por isso, também desistiram de seu domínio. O preço que eles pagaram certamente foi alto, mas da mesma maneira, valeu a pena. Nós humanos também conhecemos a sensação de voar graças a Santos Dumont. A diferença é que ainda possuímos nossas mãos e dominamos o planeta Terra. Se os pássaros possuíssem bons advogados, com certeza processariam o pai da aviação.
Porém, como todos sabem, iniciar um processo não é nada facil. Pior que isso, eles teriam de descobrir quem processar de fato: Santos Dumont ou os irmãos Wright. Complicado. Desde que surgiu este negócio de aviação, existe esta questão. Talvez ela perdure até hoje porque os humanos também não possuem bons advogados. De qualquer maneira, isso não faz diferença nenhuma atualmente. Pessoas viajam para todos os cantos do mundo utilizando o avião como meio de transporte e nem sequer se perguntam quem elas deveriam agradecer por isso. Tornou-se uma questão de orgulho.
Da mesma maneira, se este é o motivo da questão, certamente também é o que motivou estes cientistas a criarem o avião. "Bem da humanidade" que nada! A facilidade que estas máquinas trouxeram para as outras pessoas não importa tanto quanto as glórias e a massagem em seus egos que eles tem a receber. É uma pena. Se existem no mundo mentes tão brilhantes a ponto de criarem coisas fantásticas que trazem bem e conforto para o mundo inteiro, fico imaginando que maravilhas existiriam se estas mesmas mentes passasem a pensar mais nos outros do que apenas em si mesmas.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Haikai Ruim

Tentei um poema

Veja que não deu certo

Saiu muito ruim

Da Ironia

Escrevi um post que dizia que eu nunca gosto do que o jornalista Juremir Machado escreve em sua coluna. Isso foi em uma sexta-feira. No sábado, logo pela manhã, ele fez uma homenagem ao time Internacional, que completava 100 anos. Sou colorado. Desta vez, li e gostei.
Talvez o leitor fique se perguntando o porquê de eu ter escrito este post apenas na quarta-feira, quatro dias depois. A resposta é simples, pois é a mesma razão pelo qual o mundo se encontra na sua situação atual: homens odeiam admitir que estão errados.

Das coisas feias

Confesso que eu mesmo não gostei de meu post anterior. Na hora parecia bom. Logo quando a criação está concluída, o criador parece como uma mãe. Não importa o quão feio e esquisito o filho seja, para a mamãe coruja, ele é a criatura mais linda do planeta. Quando criamos alguma coisa, acontece o mesmo, só que é pior: o efeito passa.

Talvez eu até apagaria o texto anterior, mas prometi a mim mesmo que não faria isso com sequer uma palavra aqui escrita. Além do mais, eu acho que enlouqueci, pois na verdade eu gosto das coisas feias. Aquilo que é mal feito, feio, tosco ou esquisito parece possuir um ar simpático para mim. Talvez venha aqui algum vanguardista e diga que eu estou certo e que as coisas mal acabadas também possuem seu espaço dentro da arte. Eu lhe diria que está ok e o convidaria a dissertar sobre isso enquanto caminhamos juntos até o Hospital Psiquiátrico São Pedro.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Imposto

Certamente uma das maiores causas da impopularidade dos governantes é devido aos seus profissionais de marketing. Se eles fossem espertos, despediam estes charlatões e me contratavam. A primeira coisa que eu faria seria mudar o nome do que eles chamam de "Imposto". É um absurdo! Quando falamos em Imposto, a primeira coisa que vem à mente das pessoas é exatamente de algo forçado. Mais do que isso, vivemos em um país onde impera a miscigenação de raças; certamente a maioria da população, em algum cantinho obscuro de sua árvore genealógia, deve possuir um parente negro. Quando aparece essa palavrinha, algum gene do DNA de cada brasileiro deve se lembrar daqueles árduos tempos em que o negro não se chamava negro, mas sim escravo. Fica chato...
Soaria muito melhor se no lugar da palavra Imposto, fosse usado algo como "Fundo de Usufruto Pessoal". Em meio a tantas siglas estranhas, FUP chega a parecer simpático. Mais do que isso, deixaria bem claro para a população onde o seu dinheiro está sendo empregado. Não será mais necessário todos aqueles escândalos e denúncias. Quando você pagar o seu FUP, terá certeza que ele servirá para tornar a vida dos governantes muito mais fáceis e confortáveis. Isso facilitará até mesmo a vida dos jornalistas! Ao invéz de queimarem os seus neurônios investigando denúncias, eles poderão fazer reportagens mostrando como o dinheiro da população está sendo bem empregado em viagens para o Caribe ou algo parecido. Convenhamos, são lugares muito mais interessantes de se trabalhar do que Brasilía ou no Congresso Federal.
As campanhas eleitorais também sofrerão mudanças para melhor. Na hora dos discursos políticos, os canditados terão a oportunidade de serem eles mesmos. Quando falarem de como utilizarão o dinheiro da população proveniente do FUP, cada palavra será verdadeira. Sem mais esse papo furado de casa e saúde para todas. Não se esqueçam, a população também deseja ver as fotos na CARAS após a viagem, afinal, se o político vai melhorar a vida das pessoas não importa, contanto que ao menos ele seja transparente.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Super-Heróis

Encontrei o meu super-herói moderno. Parecia uma tarefa impossível, mas não era. Ele de fato existe. Se chama Barack Obama e, por deus, não usa nenhum uniforme chamativo, tampouco quecas por cima das calças. Acho que só por estes dois detalhes, a população já poderia respirar aliviada, mas felizmente vai além disso.

De fato, se o presidente dos Estados Unidos da América fosse levado a análise, eu arriscaria até dizer que ele foi escrito por alguém como Stan Lee e companhia. Trata-se de um homem que no momento possui a posição de maior poder e autoridade do planeta e é negro! Apenas pelo fato de ter conquistado a confiança de uma população racista em sua maioria já é suficiente por confirmar sua natureza sobre-humana. Mais do que isso, em sua história, há momentos em que seriam poucos os roteirista de Hollywood capazes de criar. Dentre eles, seu momento de história como o primeiro negro à presidência de uma revista de direito na faculdade de Harvard, sua infância longe de seu pai e o reencontro de ambos, pela primeira e ultima vez. O reencontro dos dois, certamente seria o momento mais dramático da adaptação para o cinema (absolutamente, todos os heróis tem adaptação para o cinema hoje em dia). Seria algo como: os dois se abraçam, e então Barack Obama olha para os olhos de seu pai e diz "senti sua falta"; Então o seu pai esboça um sorriso em sua face marcada pelo tempo e pela vida e retruca "estarei sempre contigo meu filho. Apenas nunca esqueça de sonhar e lutar pelo quê acredita." então eles ficam juntos, em silêncio por mais algum tempo e o sr. Obama vai embora para sempre. Talvez ele também diria que "grandes poderes exigem grandes responsabilidades"...

Talvez eu esteja apenas fantasiando. Talvez a cena acima descrita tenha sido completamente diferente. Talvez Obama seja uma farça. Talvez ele nem seja um super-herói de verdade, afinal, não usa quecas por cima das calças. Talvez tudo isso seja apenas mais uma criação da mídia... No fundo, isso não tem muita importância, na verdade. O que realmente importa no momento, é que quando os eleitores americanos votaram nele para presidente, eles disseram "sim, eu acredito" à cada palavra de Obama, que falou de Esperança, Ideais e Mudanças. E a razão deles acreditarem nisso, é porque é isso que eles desejam, no fundo de seus corações. Se ele se mostrará uma farsa ou um verdadeiro herói, apenas o tempo será capaz de dizer. No momento presente, o que isto representa é a luzinha iluminando os dias que andavam cada vez mais escuros.

sábado, 4 de abril de 2009

Ironia

Sempre leio a coluna do Juremir Machado no jornal Correio do Povo. Sempre leio, mas nunca gosto. Não sei se porquê... Acho que é por causa da ironia. Em algum lugar deve estar escrito que o jornal deve ter, todos os dias, ao menos uma coluna tratando de um assunto sério desta forma. Todos tem. E eu sinto pena do jornalista incumbido desta infame tarefa.
Dentre todas as profissões ligadas à comunicação social, sempre vi no jornalista o maior guerreiro à favor da sociedade. Tendo à sua disponibilidade os canais de mídia, reconhecidos como o quarto poder, estas pessoas são capazes de denunciar, mobilizar, informar e democratizar a sociedade (absolutamente, não é sempre que isto acontece e nem é o objetivo deste post entrar neste mérito). E o que acontece? O jornalista fica amarrado ao dever de escrever uma crônica sobre escândalos. E de forma irônica! Seria o cronista, na verdade, uma farsa? Talvez fosse um palhaço que tivesse forjado um diploma e, durante muitos anos, enganou o editor. Depois de muito tempo, quando a piada não tivesse mais graça, ele revelaria quem é. Daí, não haveria mais jeito, despedi-lo seria gritar ao mundo a incompetência dos diretores que caíram neste velho truque... A solução? Colocá-lo para escrever crônicas, é claro! Assim, ele trabalharia no que faz de melhor. Arrancaria todos os dias sorrisos irônicos da população enquanto elas lêem sua coluna e percebem fazer parte de um país onde o caos, impunidade e escândalos fazem parte do dia-a-dia do governo e dos altos escalões.
O fotógrafo da campanha para a marca UNITED COLORS OF BENETTON, Oliviero Toscani escreveu em seu livro que a publicidade é "um cadaver que nos sorri", devido à sua inutilidade social. Creio que não é apenas a publicidade que faz este papel. A coluna, com sua irônia, nos sorri. Nós, quando a lemos, sorrimos devolta. O jornalista, quando a escreve, certamente também não é capaz de esconder o risinho à frente da tela do monitor. E a pior parte de tudo isso é que o assunto não tem a mínima graça.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Pizza

Está vendo aquele rapaz ruivo sentado perto da janela, em frente ao computador. É o Arthur. É um cara legal, mas possui três grandes defeitos: é designer, workaholic e tem intolerância a lactose. Ele trabalha neste escritório de Design faz alguns anos. Desde os seus primeiros semestres na faculdade. E hoje, ele tem à sua frente, o árduo e impossível trabalho de criar o matador de moscas mais funcional e belo já criado na história da ferramenta para um fabricante aleatório qualquer.
Ninguém a não ser ele mesmo saberia dizer se foi a importância do trabalho ou o vício de Arthur, mas o fato é de que ele está faz DOZE HORAS INITERRUPTAS trabalhando no matador de moscas. Não descançou e nem almoçou e isso fica bem claro quando vemos os olhos vermelhos e injetados com os quais ele olha para a tela do computador enquanto trabalha. Já é 20h quando ele finalmente decide que o trabalho está concluído e olha triunfante para sua criação. Adoraria ir para casa e dormir, mas não pode: prometeu ir à despedida de solteiro de seu amigo de infância que ele não via fazia um ano.
Ao chegar na casa onde seria a festa, Arthur é recebido pelo anfitrião. Após os clássicos abraços, congratulações e piadinhas de mal gosto, um homem se aproxima dos dois. O noivo apresenta o homem como sendo o chefe do departamento de design de uma multinacional. Os olhos vermelhos e injetados de Arthur brilham. Para ele, este era o sinal dos deuses de que todo o seu trabalho árduo e sofrido seria recompensado com uma belíssima oportunidade como aquela.
Mas, ele está com fome. Pede licença por um minuto, vai até a cozinha e fala baixinho algum palavrão. Eles pediram para jantar pizza! Com a falta de algo melhor, ele pega um pedaço de calabresa e fica a tirar o queijo dela. Neste meio tempo, chegam as strippers. Quando Arthur finalmente tirou todo o queijo e recolocou cada fatia da calabresa e voltou para a sala, os marmanjos entediados haviam se transformado em lobos tarados babando nas curvas das dançarinas. É, Arthur sabia que assunto de negócios nenhum seria capaz de tirar a atenção do chefe do departamento daqueles fartos seios da russa siliconada.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Super-Heróis

Descobri o problema do mundo. Logicamente, não poderia ser outro a não ser a falta de super-heróis. Lembro-me de quando era mais jovem. Por todos os lugares era possível encontrar um. Nas mídias, heróis como o Homem-Aranha, Super-Homem e companhia tinham seu espaço e alí lutavam a favor de seus ideiais.
No dia a dia, também era possível encontrar super-herois. Certamente eram a minoria, porém, isso faz parte pois ser um deles não é nada fácil. Mas haviam! Havia a super-mãe, que, por mais dificil que fosse a condição financeira, com seu super amor lutava todos os dias para levar alimento e carinho para seus filhos. Havia o super-policial, que lutava contra a bandidagem e a favor do cidadão, não ao contrário. Tinha também o super-juíz, com super senso de justiça, que ficava do lado do que era certo.
Figuras assim são cada dia mais difíceis de encontrar. Na cultura popular, o que prolifera são personagens às avessas. Tanto a mídia quanto a massa promovem a era do individualismo, onde cada um cuida de seus próprios interesses e os realiza não importando o que tenha que ser feito para isso. Em uma sociedade assim, o super-heroi não tem espaço. Parece até mesmo piegas. O homem-aranha possuí a máxima "com grandes poderes vem grandes responsabilidades", mas, faria algum sentido em um mundo onde a palavra menos empregada é exatamente esta - responsabilidade - e ao invéz do super-vilão, o herói tem que salvar o cidadão dele mesmo?

Foi-se o tempo em que os heróis que inspiravam as pessoas eram guerreiros do bem utilizando uniformes chamativos e lutavam por ideais como responsabilidade, justiça e cidadania. Agora, o espaço que eles ocupam é apenas as prateleiras de HQs dos saudosistas que ainda acreditam nestes valores.
Atualmente, eles deram lugares para rappers rodeados por mulheres, dirigindo carros importados e ostentando jóias inacessíveis para os mortais.

(escreverei mais sobre isso)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia dos Bobos

Se agente para para pensar que 99% das pessoas procuram, durante toda as suas vidas, fazer com que 99% de pessoas pensem que elas são o que não são, o dia 1º de abril perde toda a graça. Sei lá, parece que ele foi criado por amadores....

2h30 da Madrugada


- Oi.
- Oi?
- Qual o teu nome?
- Carolina... E o teu?
- Hã, bonito nome, Carolina. O meu é Rodrigo.
- Brigada.
- Sabe, os teus olhos também são bonitos...
- Eles são castanhos, como os da maioria. O que é que tem de diferente neles?
- Não sei, mas no fundo deles eu vi uma ótima razão para te pedir um beijo.

Ela não sabe se foi a cantada brega, o rosto bonitinho do rapaz ou o teor alcóolico da vodka diluído em seu sangue, mas ela topa. Se beijam e ficam na boate até as quatro. Depois disso, decidem ir além e vão parar em um motel de quinta categoria. Transam até o sol surgir e sentem aí uma sensação indescritível. Nenhum dos dois sabe dizer porquê, mas ambos sentem como se já tivessem sido íntimos há vários séculos.

Em alguma dimensão paralela, o Rodrigo irá telefonar para ela outro dia e eles iriam se encontrar mais vezes. Em muitas delas eles farão sexo e em muitas outras, ele simplesmente irão passear, tomar um café e conversar. Assim eles descobrem como tem muitas coisas em comum e iniciarão um relacionamento que seguirá até o fim de suas vidas. Assim viveriam felizes duas almas gemeas que nasceram para se encontrar as 2h30 da madrugada naquela boate, numa noite qualquer de inverno.

Porém, na nossa realidade, o Rodrigo simplesmente leva Carolina até em casa e eles se despedem. Então ele toma um café preto sem açucar em um bar de posto de gasolina e vai trabalhar. Passará o dia virado, mas não vê a hora de contar como foi sua noite para seus amigos.

terça-feira, 31 de março de 2009

UM

Eis que surge em mim a necessidade da criação de um blog. Maior do que reles necessidade de expressar, é a necessidade de escrever e externalizar. Fácil seria incluir cada uma destas linhas em um diário. Rabiscar letras e letras sobre um papel branco. Não importaria nem um pouco o conteúdo alí escrito, tampouco a qualidade ou o capricho deste. Mas não me agrada esta idéia.

Sou de uma geração que praticamente cresceu on-line. Não acharia nem um pouco justo renunciar a isto. De qualquer forma, o cybermundo possui uma qualidade única: é eterno.
Da mesma maneira que os bits aqui espressos não passam de reles informação digital, ele é capaz de durar para sempre. E o mesmo acontecerá com o que estiver aqui escrito.

Ao menos, enquanto eu desejar.


E, por quê eu nao desejaria?


Talvez encontre tais textos aqui escrito daqui a vários anos. Talvez os ache absurdamente idiotas. Mas, que diferença faria? Seria essa uma razão para simplesmente apaga-los?
Da mesma forma que os bits que formam cada linha, o momento presente representado por estes pensamentos também são eternos em sua linha do tempo.
Negar o que aqui está descrito seria o mesmo que negar o próprio momento. Mas não faria diferença nenhuma. Para o instante, tanto faz.

E para mim, faria?